3/28/2008

Este mês na Maxmen

A Anita essa vadia


Estava no outro dia a remexer num livros infantis, também conhecida como literatura de mesinha de cabeceira para o Bibi, e dei de caras com as obras da Anita. Não escondo aqui alguma saudade. Os livros da Anita foram, na verdade, a primeira versão de uma Maxmen para pequenotes. Se para as meninas a Anita era um exemplo, para os rapazes era uma vadia, uma galdéria de palmo e meio e daquelas que provoca.

“Anita na festa de anos”, “Anita dona de casa”, “Anita no bosque”, a miúda não parava! Estava em todo o lado, sempre com aquele ar de santinha e de beicinho feito.Muitas vezes penso:” O que será feito da Anita?” e depois continuo a ver as exibições do Miguel Veloso. Aliás, deixo aqui um desafio para o novo director da Maxmen: Fazer uma produção com a Anita! Isso sim! E até se podia fazer uma coisa mais hardcore e juntar-se os Gi Joe numa sessão intitulada: Anita luta contra o terrorismo.

Com a embalagem que a miúda já levava aos 6 anos, não me admiro nada que a Anita seja hoje uma mulher da vida. Ora, isto leva a crer que os livros das aventuras da Anita estão completamente desactualizados. São histórias que já não fazem qualquer sentido tendo em conta a realidade depressiva portuguesa e que precisam de uma volta. Portanto, sugiro aqui novas aventuras, se calhar com uma Anita adolescente para evitar assim problemas legais. Em vez de uma “Anita no bosque”, faz muito mais sentido uma “Anita em Monsanto”.
Apesar de ser uma antiga zona de prostituição lisboeta, é também uma zona verde e, por isso, o tema da natureza mantém-se, mas é muito mais real. O enredo, na verdade, não muda assim tanto. A miúda vai para o bosque e diverte-se com os animais e ainda ganha uns cobres, porque a vida está difícil.

Na mesma linha de acção, em vez de “Anita na Universidade” sugiro uma “Anita no Técnico”, a miúda cresce, deixa o Monsanto e passa a “leccionar” num instituto de renome na área da meretrícia. Houve um livro que fez furor na juventude: “Anita Descobre a Música”. Mas o que é isto? Hoje em dia ninguém vibra assim tanto com a música. Quanto muito “Anita Descobre a Droga”. (continua na versão papel pautado)

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