11/05/2009

Eu swingo, tu swingas, nós coisamos

(primeira parte)

“Swing”, o termo remonta aos anos 20 e refere-se a uma dança associada ao jazz. Era bonito, era agradável e para as famílias. Até há bem pouco tempo era isto. Não metia cus, nem pilas, nem pilas com pilas e vaginas com pilas na boca… e vaginas com cus… e já deu para perceber.

Hoje, o swing refere-se, sobretudo, ao relacionamento sexual entre dois casais estáveis e quem o pratica defende que é a expressão máxima do amor entre duas pessoas. Há quem expresse esse amor oferecendo um ramo de rosas e quem o expresse oferecendo um botão de rosa do vizinho. Uns oferecem jóias, como broches, enquanto outros oferecem broches que são uma jóia.

Casais que praticam o swing defendem que o sexo extra-conjugal fortalece o relacionamento porque assim não há necessidade de trair e estão a fazer algo em conjunto. Por isso prefero fazer outro tipo de swing. Vou ter com uma profissional do sexo e mando fotografias do momento para que a minha companheira acompanhe tudo em casa: “olha aqui eu a dar por trás! Olha agora aqui ela a fazer o pino!”

Conheço amigos que têm dificuldades em juntar-se ao mundo do swing. Não porque as mulheres não queiram, não por vergonha, mas simplesmente porque a oferta deixa muito a desejar. Corre o boato que a maior parte dos casais de swing são de meia-idade, o que não só tira a beleza à história como é suficiente para ter pesadelos durante um mês. Pior do que imaginar os pais a ter sexo, só mesmo imaginar os avós a ter sexo… com os amigos do Centro de Dia, a trocar de parceiro… e arrastadeiras. O conceito ( e o título) do filme de “Olhos bem fechados” ganha uma nova dimensão, porque só mesmo de olhos bem fechados é que era capaz de participar num cenário destes.

A verdade é que a partilha não implica tudo. Muitos são os casais que se deslocam a uma festa no seu belo Mercedes. Partilham as mulheres, mas o Mercedes fica lá quietinho inviolado.


2 comentários:

A Lei da Rolha disse...

Sim é uma moda que pegou, mas será eficaz?
Acho que o relacionamento do casal quando chega a esse ponto está em queda...mas cada um sabe de si!
abraço

Eduardo Ramos disse...

Raminhos!
Tens aí um belos texto de auditório. Fruta para uns 10/15 minutos de "cambalhotas" ( termo bem aplicado neste caso ) de interpretativas.
:)