8/25/2009

Continuação da tese escatológica

Pior de tudo, é quando se tem de usar uma casa-de-banho pública para defecar. Há quem se despeça da família antes porque há a certeza de que se vai apanhar uma doença qualquer, provavelmente mortal. Para além disso, há um factor de vergonha inerente. Quando se está no urinol, está-se a urinar, mas quando se está fechado no pequeno compartimento com a porta a dizer ocupado ou a ver-se os pezinhos lá por baixo toda a gente sabe o que se passa e o pensamento é inevitável: “aquele gajo está a cagar.”

Estar a obrar numa casa de banho pública é como estar no banco dos réus, porque toda a gente que entra vai julgar-nos. Não há vergonha maior do que estar a tentar passar despercebido e não evitar um gás que se solta, o som “ploc” do dito a entrar na água… tudo isto aliado a um esforço brutal nas pernas para não sentar o rabo num tampo tão livre de germes como a boca de uma prostituta.
Depois há dois pormenores muito estranhos. O primeiro prende-se com o facto de que muitas destas pequenas divisões têm o trinco estragado, o que me leva a crer que é o super-homem que anda por aqueles locais já que é a única pessoa que dá uma bufa e implode tudo em seu redor.
Segundo, as casas-de-banho públicas não têm piaçabas e isso ainda é mais preocupante. Como é que se resolve a situação quando se entope a sanita e, pior, porque é que não há piaçabas? Quem é o tarado que anda percorrer os sanitários deste país a fazer colecção! Provavelmente será o mesmo que mija e não lava as mãos.

2 comentários:

Paula disse...

Bem, da casa-de-banho masculina não posso dizer nada mas da femenina... Não fica muito atrás.
Tirando a parte do urinol...
:)

Gui disse...

Conheço algumas prostitutas que vão ficar chateadas de falares assim da boca delas... e da sanita delas.

gui
(www.ramboiablog.blogspot.com)